Artigo

Será que pensas que sou um burro?

Não quero que fiques a pensar que sou um burro, amuado, estúpido, convencido, orgulhoso que põe o amor em cima da amizade.

Se me conheces de verdade, devias entender isso. Será que entendes? Será que me conheces de verdade?

Será que entendes que preciso da tua presença mesmo não me amando? Eu acho que sim, que entendes, ficaste junto de mim estes dias, e quero que fiques milhões de dias mais.

Sei que às vezes deves olhar para mim e dizer que sou maluco, oh pah sinto isso. Não queria passar essa ideia, porque não o sou.

Ainda vim agora da formação, recebi elogios de toda a gente da apresentação que fiz, perante uma doutorada em psicologia, recebi elogios de uma senhora de 60 anos que também está a tirar o curso e que disse: “quem me dera ter a tua cabeça, a tua mãe está de parabéns, diz-lhe isso quando chegares a casa!”.

Sou maluco por estudar tanto? Sou maluco por ser verdadeiro? Sou maluco por querer ser melhor do que fui ontem? Sou maluco por querer ser diferente dos outros no bom sentido? Sou maluco por dizerem que sou inteligente? Não sei, às vezes fico a pensar, se fosse uma pessoa banal, era feliz, não teria agido daquela maneira um dia, teria banalizado tudo, e tudo ter tido um final diferente, de certeza estávamos juntos. Não sei, como é óbvio, como seria o futuro se aquele * * * (desculpa a expressão) não tivesse aparecido na minha frente naquele dia, mas sei entender-me a mim próprio, e tinha a certeza que teria sido o rapaz mais romântico de toda a história.

Custa-me ir deitar e pensar nisto tudo, custo ir na rua e caminhar com este amargo do destino. Os meus pés escorregam, e quase caio. Custa, mas sobrevivo. Nunca me verguei para a vida, sempre fui o mesmo.

Segue esse exemplo, em qualquer coisa que vivas, esquece lá as coisas que idealizes ou que aches corretas. Se as fizeres serão corretas.

Deixa lá. Foi apenas um desabafo, de quem às vezes quer desabafar, de querer chamar nomes, de ser não politicamente correto, de agir por impulso, de querer esganar, tudo a quem me fez mal.

Guardo para mim isso, sempre guardei. Entendeste mal o meu silêncio, mas só me posso culpar a mim.

O passado não vale a pena ser recordado, às vezes penso nisso, mas depois penso em ti, e só queria transportar-te para o presente, tudo ter sido diferente. Deixar aquele * * * lá trás, sozinho, a espumar de raiva, a matar-se a ele próprio.

Se alguma vez chegares a abrir este texto, deves achar que estou descontrolado. Talvez, mas isto passa, vou tomar ar à varanda, tomar um café e umas bolachas e já venho.

Só o facto de poder ter recebido quem sabe uma mensagem tua, sentir ansiedade ao abrir o telemóvel daqui a momentos, prende-me à alegria do meu presente.

Preciso de férias, preciso de arejar a cabeça, sou humano caramba, também erro, as pessoas parecem não perceber isso… Que mal eu fiz?

Estes textos que eescrevo podem já nem fazer sentido, não quererás ouvir mais elogios, vou respeitar por completo : ( Não faz sentido adormecer a elogiar-te tanto, até às quatro da manhã perante as tuas fotos : ( 

Até já, ou até amanhã… Espero que seja até já, estava a precisar de ti, nem que fosse uma mensagem tua por dia, a esta hora, para ficar aconchegado e ir dormir descansado, porque precisarei sempre de ti, da tua companhia!

5 JUN, 2017 0

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